sábado, 19 de maio de 2007

Site Oficial Foi Invadido Por Hackers!! e uma Entrevista Com MAC

O Site do São Paulo foi invadido Por Hackers que parecem ser BOTAFOGUENSES, pois estava escrito Eooo Fogão na Pagina do Clube Tricolor Paulista!!
Esperos que isto não volte a acontecer.

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Fonte: Globo.com

Em entrevista ao repórter Luiz Ademar, Marco Aurélio Cunha admite que o clube vai negociar jogadores na abertura do mercado europeu, descarta interferência do presidente Juvenal Juvêncio na escalação, analisa os fracassos da equipe no Paulistão e da Libertadores. O dirigente elogia o técnico Muricy Ramalho e afirma que tem jogador que ficou de salto alto com a boa fase.


GLOBOESPORTE.COM : Qual a avaliação da diretoria sobre as fracas campanhas do São Paulo no Paulistão e na Libertadores?

Marco Aurélio Cunha: Pela estrutura, organização, elenco e comissão técnica que temos, as campanhas foram frustrantes. Porém, eu preciso analisar profissionalmente. O São Paulo estava acostumado a chegar em todas as finais no ano passado e isso gerou um desconforto nas eliminações precoces deste ano. Mas analisando o futebol mundial, principalmente na Europa, isso também aconteceu com grandes clubes como Barcelona, Real Madrid e Milan. É preciso ter paciência.

GLOBOESPORTE.COM : O que aconteceu na eliminação contra o São Caetano? É normal sofrer uma goleada por 4 a 1 nas semifinais do Paulistão, em pleno Morumbi?

Marco Aurélio Cunha: O jogo estava equilibrado, mas fomos muito mal no segundo tempo. Sofremos dois gols, um em cima do outro. A equipe não estava acostumada com essa situação, se desestabilizou e foi eliminada merecidamente. Os jogadores sentiram o golpe, ficaram psicologicamente abalados, e empataram com o Audax Italiano, na Libertadores, em casa, e o São Paulo acabou enfrentando o Grêmio, em uma chave forte nas oitavas-de-final.

GLOBOESPORTE.COM : Mas o elenco do São Paulo não conta com tantos jogadores experientes? Por que os jogadores ficaram tão abalados por sofrer dois gols rapidamente do São Caetano?

Marco Aurélio Cunha: Por ser uma situação nova. Nunca havia acontecido isso com a nossa defesa. Por exemplo, tem time que está acostumado com as dificuldades e pronto para fugir da zona do rebaixamento. Eles são se abalam com situações adversas. Vejam o caso do Paraná, Juventude e Figueirense. Todos reagem bem quando estão no sufoco. Já os grandes clubes, como Palmeiras e Grêmio, se desesperam nas dificuldades e acabam rebaixados. Foi isso que aconteceu com o São Paulo no Paulistão.

GLOBOESPORTE.COM : Qual a avaliação da diretoria a respeito da fraca campanha do São Paulo na Libertadores?

Marco Aurélio Cunha: Foram vários os fatores. Mas o principal deles foi a soberba de alguns jogadores, que passaram a achar que jogavam muito mais do que realmente eles jogam (Marco Aurélio prefere não citar nomes). O fator psicológico pela eliminação no Campeonato Paulista também pesou contra o Grêmio . Tudo isso fez a comissão técnica e a diretoria rever alguns conceitos em relação ao elenco. Não cairemos na vala comum de achar que está tudo certo. Por isso, o Muricy mexeu a equipe na primeira rodada do Brasileiro.

GLOBOESPORTE.COM : O Mineiro e o Danilo, que taticamente eram importantes para o São Paulo, fizeram falta nas decisões do Paulistão e Libertadores?

Marco Aurélio Cunha: O futebol dá muita margem a palavra se. Se o Mineiro e o Danilo estivem. Se isso ou aquilo. Eu, particularmente, acho que a liderança do Lugano fez mais falta ao São Paulo. É claro que dificilmente conseguiremos suprir a ausência do Mineiro. Mas temos que nos adaptar e mudar o esquema de jogo. Só não podemos esquecer que o Lugano, o Mineiro e o Danilo estavam no ano passado e perdemos a final da Libertadores para o Internacional.

GLOBOESPORTE.COM : Depois da eliminação da Libertadores, o presidente Juvenal Juvêncio esteve no clube e conversou com o Muricy e os jogadores. A bronca foi geral e, curiosamente, o treinador mudou o time titular na estréia do Brasileirão. O presidente escalou o São Paulo?

Marco Aurélio Cunha: Isso é um absurdo. Vou revelar um segredo. Ninguém da diretoria conversou com o Muricy. Somente o presidente, em uma conversa reservada com o treinador. Nem eu estava presente. O presidente não interferiu. Ele interveio, o que é muito diferente. Perguntou o que estava acontecendo com o time. Deu apoio para o treinador mudar o que estava errado. Fez um balanço das derrotas, mostrando sua opinião sobre quais titulares poderiam ter dado algo a mais, qual os reservas que estão jogando mais. Uma conversa em alto nível.

GLOBOESPORTE.COM : A conversa do presidente com o Muricy não aconteceu em hora errada? A cobrança não deveria ter sido feita antes da eliminação?

Marco Aurélio Cunha: O treinador tem suas convicções e o presidente jamais interfere em seu trabalho . Eu conversei com o Muricy antes e depois do jogo contra o Grêmio. Ele já havia me dito que estava pensando em mudar o time titular, que não estava dando a resposta que ele esperava. Mas não quis fazer as mudanças antes de um jogo decisivo, pela experiência dos jogadores que estavam em campo. Logo após a eliminação na Libertadores, o Muricy me disse que realmente precisa mexer, mudar, criar um fato novo na equipe.

GLOBOESPORTE.COM : O Muricy só mexeu no time depois da conversa com o Juvenal. O fato não deu margem para falarem que o presidente fez as mudanças?

Marco Aurélio Cunha: Podem falar isso, mas não é verdade. Veja o caso do Corinthians. Quando o Leão estava sozinho no comando, ninguém da diretoria aparecia para ajudá-lo, diziam que o clube não tinha comando. No São Paulo, quando o presidente aparece, conversa e cobra a comissão técnica e os jogadores, dizem que é interferência. Mas não houve ingerência. Houve um senso comum a respeito dos problemas da equipe. O que o Muricy viu, eu vi e o presidente também. Tudo dentro da normalidade.

GLOBOESPORTE.COM : O Leandro, Souza, Aloísio, Jadilson e Richarlyson foram barrados no time titular. O Júnior já estava inconformado com a reserva. Os jogadores não podem se rebelar com a decisão do Muricy?

Marco Aurélio Cunha: Claro que não. O Muricy não está sozinho. O clube tem comando. Nem existe clima ruim por causa das mudanças no time titular. Os jogadores não são burros, eles sabem que estavam mal. A diretoria nem precisa interferir, pois todos têm senso crítico. Podem ficar tristes, tensos, mas a eliminação na Libertadores não trará um levante no elenco.

GLOBOESPORTE.COM : Como explicar que o Hernanes e o Borges nem ficaram no banco de reservas na Libertadores e agora são titulares?

Marco Aurélio Cunha: O Hernanes não tinha experiência internacional . Normal que o Fredson ficasse no banco. Mas ele tem muito potencial e agora chegou a sua chance de ganhar experiência. O mesmo se aplica ao Borges. O Marcel tem características semelhantes as do Aloísio, enquanto o Dagoberto era opção para dar velocidade.

GLOBOESPORTE.COM : O Muricy está consciente que com o elenco que tem em mãos ele tem a obrigação de, ao menos, classificar o São Paulo para a Libertadores em 2008?

Marco Aurélio Cunha: Eu detesto a palavra obrigação no futebol. Eu diria que o Muricy tem o dever de conseguir a vaga na Libertadores. Pelo elenco que temos, a nossa meta não poderia ser diferente.

GLOBOESPORTE.COM : O Muricy correu risco de demissão após a eliminação na Libertadores ou pode ser demitido se o São Paulo não engrenar no Brasileirão?

Marco Aurélio Cunha: Eu falo por mim. O Muricy em momento algum correu risco de demissão. Também afirmo que o pensamento do Juvenal Juvêncio é o mesmo. Mas existem descontentamentos entre alguns conselheiros e parte da torcida. Isso pode até pesar em algum momento. Mas pelo que conheço do presidente, eu afirmo que ninguém muda a sua opinião.

GLOBOESPORTE.COM : O São Paulo vai negociar alguns dos seus jogadores na abertura do mercado europeu?

Marco Aurélio Cunha: Eu diria que sim. Sempre alguém deixa o clube. Não dá para falar que não receberemos propostas da Europa. O Ilsinho, Alex Silva, Miranda e Souza sempre têm proposta. Um deles deve sair.

GLOBOESPORTE.COM : O São Paulo é o favorito para a conquista do título brasileiro?

Marco Aurélio Cunha: É um dos favoritos, mas não o melhor time. Santos, Grêmio, Cruzeiro, Internacional, e até o Palmeiras vão brigar pelo título. Também pode ser que apareça alguma surpresa.

GLOBOESPORTE.COM : E o Corinthians? Você não aponta o rival como um dos candidatos ao título?

Marco Aurélio Cunha: O Corinthians está investindo na seleção do Interior de São Paulo (risos). Eu acredito que seja o caminho certo, pois não tem mais uma parceria forte para fazer contratações. Não acho que corra o risco de rebaixamento, mas não tem condições de brigar pelo título. Tecnicamente, o Corinthians tem camisa, mas não tem um grande time. É uma incógnita.

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